Maria Paulino
Sou a Maria Paulino, uma das fundadoras da ONG Viva Melhor e resido em Santo André.
Desde criança convivi com o fantasma do câncer de mama na minha família. Com 10 anos vi minha vó morrer por conta da doença. Pouco depois acompanhei, também de perto, os impactos do câncer na vida de duas tias. Quando fiz minha primeira mamografia, como "prevenção", por conta do histórico familiar, já sabia que podia acusar alguma coisa. Confesso que não foi uma total surpresa, mas fiquei assustadíssima! Todas as lembranças do que vi minha vó e minhas tias viverem vieram à tona.
Tentei me manter firme e forte, não desanimei. Fiz a cirurgia, minha recuperação não foi nada fácil! Tive complicações no pós operatório, não pude iniciar de imediato com a quimioterapia. Sentia muita dor, e apesar de estar sendo muito bem cuidada e "mimada" pelo meu marido, me sentia sem forças pra continuar lutando. Foi quando tive uma conversa muito séria com Deus. Me ajoelhei, busquei forças dentro de mim e pedi pra que Ele não me desamparasse e me permitisse a cura. À partir desse momento eu fui me acalmando... Fiz todo o tratamento e me entreguei de corpo e alma ao Viva Melhor!
Poder contar a minha história pra mulheres que sei que estão passando pela mesma dor que passei, poder olhar nos olhos delas e dizer que vai passar. Contar histórias "engraçadas" que me aconteceram, de prótese que já caiu na rua, de biquini que boiou na água.. Poder rir dessas histórias, brincar com elas nesse momento que é tão delicado, é gratificante demais.
Poder falar com elas sobre os medos que nós temos depois da retirada da mama. Poder dividir as descobertas que fiz, falar de peito aberto com elas de como foi a minha relação com meu falecido marido, depois da retirada da mama. Contar pra elas que o acompanhamento com psicólogos foi fundamental pra que nós dois nos redescobrissemos como casal. Contar e encorajar elas a também seguirem, a buscarem todo tipo de apoio. Poder usar minha vivência pra amenizar a vida dessas mulheres é tão maravilhoso que nem sei dizer.
Poder usar minha voz como instrumento pra melhorar a vida das pessoas, foi algo que só pude descobrir através e depois da doença. Meu diagnóstico não foi uma sentença de morte. Foi um chacolhão da vida, pra que eu percebesse que estava viva e que ainda tinha muito o que viver e fazer nesse mundo!
Tamanho: 29,7 x 42
Materiais usados: ilustração digital / impressão em tela
Bya Brasil, nordestina, criada em São Paulo. Teve o primeiro contato com a arte por meio do grafite aos 14 anos, logo após despertar o amor pela forma de expressão, expandiu para ilustrações aos 18 e logo em seguida se arriscou na carreira de tatuadora aos 19, onde exerce há 2 anos.
Com 21 anos, a paraibana paulista se expressa por meio de ilustrações que trazem a mitologia em forma de sentimentos e histórias.
Brasil
Do dia 29 de Outubro até o dia 04 de Novembro a Exposição permanece montada e estará aberta para visitação de 12 horas até 18 horas.
As obras vendidas, terão parte do valor destinado à Associação Amigas Cleia Beduschi.
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Valor Obra: R$250.00