Mônica

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Levo e sempre levei uma vida saudável, com uma alimentacão balanceada e rotina de exercícios, mas o câncer é uma doença silenciosa. Acordei num domingo, sentindo um pequeno caroço debaixo do braço e logo agendei uma consulta médica. No primeiro momento, de acordo com os exames clínicos, a doutora disse que não precisaria me preocupar, mas quando os restantes foram feitos, confirmamos o câncer nas duas mamas.

Fiz dois anos de quimioterapia e a dor é incalculável, algo que ninguém merece passar. Por isso a importância do auto exame, da prevenção, temos que estar atentas às modificações no nosso corpo. Além da dor física existe a turbulência emocional e psicológica, mas minha fé na vitória, meu amor pela minha família e pela vida me deu forças para seguir em frente. Sempre acreditei na minha recuperação.

Sou uma mulher muito vaidosa, sempre me cuidei e sou muito exigente comigo mesma. Quando meu médico me mostrou o que eu poderia passar durante o tratamento e o pós cirúrgico, fiquei em choque. A perda da mama também me preocupou, porque de fato é algo muito simbólico no corpo feminino. Entretanto, estava passando por uma cirurgia reconstrutiva, minha vida estava em jogo e estética em segundo plano. Quando se está entre a vida e a morte, a aparência beira o insignificante. Nenhuma frustração me deixou infeliz, claro que não escolheria passar por isso, mas o mais importante pra mim é poder estar aqui pra contar essa história.